Como funciona a nota do Enem? Entenda como calcular, peso das questões e muito mais!

O ensino superior é um verdadeiro sonho para muitas pessoas. E não é para menos, não é? Essa etapa nos permite construir uma trajetória de sucesso na carreira escolhida. E também podemos dizer que descobrir qual a nota mínima do Enem é um dos passos para chegar até lá.

Já pensou sobre isso? O Exame Nacional do Ensino Médio oferece vagas para instituições de todo o Brasil. Diante disso, a concorrência é acirrada, e os candidatos normalmente têm uma preocupação em comum que é sobre como funciona esse processo de avaliação.

A resposta é complexa e inclui o peso das notas, entre outros fatores. Por isso, preparamos um conteúdo especial para trazer respostas às principais perguntas envolvendo a nota do Enem e a pontuação necessária para entrar na faculdade dos seus sonhos. Vamos lá? Boa leitura!

1. Como funciona a nota do Enem?

Uma das principais dúvidas envolvendo o Enem diz respeito à pontuação. Ou seja, como os avaliadores chegam aos resultados e como se dá o processo de avaliar o desempenho dos candidatos.

Para explicarmos a nota do Enem, precisamos falar sobre como o exame funciona. Ele é aplicado em dois domingos seguidos e distribuído em cinco provas sobre:

• Ciências da Natureza e Suas Tecnologias (Biologia, Química e Física);
• Ciências Humanas e Suas Tecnologias (História, Geografia, Artes, Sociologia e Filosofia);
• Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Espanhola e/ou Língua Inglesa e Educação Física);
• Matemática e Suas Tecnologias (Matemática);
• Redação.

Cada um dos cadernos das provas objetivas é composto por 45 questões. Todos eles têm valores que variam entre 0 e 1.000 pontos, mas já adiantamos: só é possível conseguir a pontuação máxima na redação.

O motivo para isso? O TRI. O sistema de correção da nota do Enem, chamado de Teoria da Resposta ao Item, atribui pontuações diversas para as questões com base no número de erros, acertos, chutes e outras variantes.

Assim, ao sair a nota do Enem, mesmo que você acerte todas as questões, chegar a 1.000 é praticamente impossível, pois a sua nota vai depender, também, do desempenho de outros candidatos.

1.1 Qual é a nota mínima no Enem?

Essa é uma resposta que varia para cada área de conhecimento, mas, em geral, as pontuações começam em torno de 200 pontos. De forma prática, isso significa o valor corresponde ao limite inferior que um candidato pode atingir em cada prova objetiva, embora notas tão baixas não sejam muito comuns.

1.2 Qual é a nota mínima da redação do Enem?

Na redação do Enem, a pontuação varia de 0 a 1.000 pontos e há casos de estudantes que realmente não conseguem ponto algum. Uma redação nota zero é dada em casos de fuga do tema, desrespeito aos direitos humanos ou texto em branco. Por isso, é essencial conhecer os critérios avaliados para evitar esses problemas.

2. O que influencia a nota de corte?

Antes de mais nada, vamos entender o que isso quer dizer? A nota de corte é a pontuação mínima que se deve obter para conseguir uma vaga. Quem não atinge tal valor não tem chances de ser aprovado no curso e instituição escolhidos.

Logo, não existe uma nota de corte geral para o Enem, já que isso depende de fatores como a quantidade de vagas disponíveis para o curso, turno e instituição desejada, o número de candidatos inscritos em cada curso e a média das notas dos participantes. A nota que determina esse “corte” varia conforme o nível de concorrência para cada área e instituição. Por exemplo, cursos superdisputados como Medicina e Direito vão exigir notas mais altas.

3. Como calcular a nota do Enem?

Quando a nota estiver disponível na Página do Participante do Enem, você verá uma tabela com os cadernos e as suas respectivas pontuações. A partir daí, é fácil! Basta somar todas as pontuações e dividir por 5.

O resultado será a sua média simples do Enem. Por exemplo, se suas pontuações forem 600 em Linguagens, 650 em Ciências Humanas, 580 em Ciências da Natureza, 620 em Matemática e 680 em Redação, sua média simples será 626.

Outra informação importante: caso a universidade na qual você pretende estudar utilize pesos para os cadernos, é necessário incluí-los também nos cálculos. Suponha que os pesos sejam 2 para Linguagens e Ciências Humanas, 1 para Ciências da Natureza, 3 para Matemática e 2 para Redação. Então, é preciso fazer a média ponderada, considerando esses pesos e as mesmas notas anteriores, chegando ao resultado de 630.

3.1 Quais os fatores considerados?

Ainda que seja um método de certa forma complexo, vale entender como funciona para aumentar suas chances de se dar bem. Basicamente, o cálculo das notas do Enem pelo sistema chamado TRI leva em conta:

• dificuldade das questões: existe um peso maior para o acerto de questões consideradas como mais difíceis;
• coerência nas respostas: o fato de responder corretamente questões difíceis e errar as fáceis pode resultar em pontuação menor, pois é um indicativo de “chute”.

4. Qual é o peso de cada questão no Enem?

Se você já leu sobre o assunto e nunca entendeu muito bem o peso de cada questão do exame, não precisa se torturar: é uma confusão mesmo. Não há uma ordem exata, já que a nota final é calculada por meio de um modelo matemático e estatístico, para definir o desempenho de cada participante.

As provas do Enem são classificadas em dois tipos: questões objetivas (ou seja, as de múltipla escolha) e a redação do Exame, que é como uma grande questão discursiva.

Mesmo com essa divisão organizada, é impossível entender quanto vale exatamente cada prova. Isso porque as notas máximas e mínimas de cada uma dessas classificações mudam a cada edição — e o resultado só sai ao fim do exame. A exceção é a Redação, já que é possível consultar a própria nota nesse teste alguns dias depois.

A metodologia TRI leva em conta a particularidade de cada questão da prova. É por esse motivo que dois participantes podem acabar com a mesma quantidade de acertos e erros, mas ter notas diferentes. Nesse caso, o sistema considera que o estudante que ficou melhor posicionado acertou as questões consideradas mais valiosas.

Além disso, essa diferenciação não se baseia apenas no que o método TRI considera como questões difíceis. Como falamos no tópico anterior, o cálculo total leva em conta parâmetros como a dificuldade, a discriminação e o acerto casual (o popular “chute”).

Contudo, tenha em mente o seguinte: a nota mínima de cada prova nunca será zero. A exceção é a redação, que pode ser zerada a depender de alguns motivos. Do mesmo jeito, é possível tirar uma nota até superior a mil nas provas objetivas.

5. Como usar a nota do Enem para entrar na faculdade? 

Depois de entender melhor a estruturação das notas do Enem, também é importante assimilar as formas de ingresso em Instituições de Ensino Superior que ela proporciona. Afinal de contas, esse costuma ser o grande foco dos participantes ao passar por esse processo.

Aproveite para conferir as opções agora.

5.1 Ingresso direto em instituições particulares

É possível entrar em faculdades com a nota do Enem por meio do ingresso direto. Desse modo, é possível utilizar a pontuação conquistada como substituição ao vestibular tradicional, podendo conquistar vagas nos mais diversos cursos.

A nota mínima é estipulada pela universidade privada em que você quer entrar. Há instituições que optam por utilizar apenas a nota da redação, enquanto outras fazem uso de médias aritméticas ou até mesmo de pontos com pesos em cada caderno.

Em caso de dúvidas, entre em contato com a instituição! No caso da UNIFACS, é possível utilizar a nota do Enem dos últimos 10 anos como substituição ao vestibular tradicional. Confira mais informações em nosso site!

5.2 Sisu

Esse é um tipo de seleção que faz uso da nota do Enem para oferecer vagas em instituições federais e estaduais de todo o Brasil. Por isso, as notas de corte tendem a ser um pouco mais altas.

Em 2023, a maior nota do Sisu foi de 825,85 pontos. Ela era correspondente ao curso de Medicina na Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse caso, as instituições podem estabelecer uma nota mínima para a participação dos candidatos.

5.3 Fies

Fies significa Fundo de Financiamento Estudantil e é, como o nome indica, uma forma de financiar os seus estudos em uma instituição privada. Com ele, você só começa a pagar as mensalidades após terminar o curso, com a adição de juros baixos.

Para participar do Fies, também é obrigatório contar com uma nota de, pelo menos, 450 pontos. Além disso, não é possível zerar a redação. Então, fique de olho, hein?

5.4 Prouni

Assim como ocorre no Fies, as regras do Prouni (Programa Universidade Para Todos) estipulam que o candidato não pode tirar menos do que 450 pontos na média do Enem ou zerar a redação. A diferença está na proposta do programa.

No Prouni, o candidato consegue bolsas de 50% ou 100% no curso escolhido, desde que se enquadre em alguns critérios de renda e origem escolar. Logo, não há a necessidade de pagar nenhum valor após a obtenção do seu diploma.

6. Qual a variação das notas de corte por curso?

Explicamos acima que a nota de corte do Enem não é fixa, lembra? A pontuação mínima necessária para entrar em um curso varia bastante, sendo que, em algumas áreas, é comum que o corte seja sempre alto, enquanto em outros cursos (ou dependendo da procura pelas vagas disponíveis na instituição), a exigência não é tão grande.

Para ter uma noção sobre isso, o ideal é mesmo pesquisar a média das notas de corte nos processos seletivos anteriores. Mesmo que não represente uma certeza para o ano atual, ajuda a dar uma referência sobre a pontuação que você deve precisar obter na prova para garantir uma vaga.

7. Como se preparar para o Enem?

Apesar de não existir uma única fórmula de sucesso, podemos generalizar e dizer que preparar-se para o Enem exige uma combinação de estratégias de estudo, organização, autoconhecimento e prática constante.

Pensando nisso, separamos aqui algumas dicas para estruturar uma rotina eficaz e otimizada que vai ajudar a conquistar uma boa pontuação. Aproveite!

7.1 Organize um cronograma de estudos

O primeiro passo para um estudo produtivo é definir um cronograma realista, de acordo com a sua disponibilidade. Inclua todas as áreas de conhecimento cobradas no Enem: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas; Ciências da Natureza; Matemática; e Redação.

Então, distribua seu tempo alocando as atividades conforme o seu domínio das matérias. Por exemplo, se você tem dificuldade em Matemática, dedique mais horas a essa disciplina. Outra dica legal para ser menos cansativo é a rotatividade: alterne entre matérias diferentes ao longo do dia para manter o cérebro mais ativo e evitar a monotonia.

Para completar, não deixe de incluir pausas no seu cronograma que contribuam com uma rotina saudável, além de favorecer sua concentração e rendimento. Já ouviu falar do método Pomodoro? Tente seguir focado por 25 minutos de estudo até fazer intervalos de 5 minutos de descanso.

7.2 Faça simulados regularmente

Esse tipo de teste é uma excelente ferramenta para medir seu progresso, além de identificar áreas de melhoria e focos de reforço nos estudos. Procure simulados na internet e insira essa tarefa no seu cronograma de preparação, com regularidade e frequência. No próprio site do Enem, você tem acesso às provas dos anos anteriores e com gabarito: ou seja, dá para começar seus simulados por aqui.

Outro ponto positivo é usar isso para se adaptar ao tempo de prova e aos estilos das questões. O Enem é uma avaliação extensa, então é essencial treinar a gestão do tempo e conquistar um bom ritmo para não se perder durante a prova.

7.3 Pratique redações semanalmente

Mesmo tendo facilidade para escrever, não deixe de praticar. A redação do Enem é um dos componentes mais importantes, com peso significativo na nota final. Essa missão exige domínio da língua portuguesa, boa capacidade de argumentação e conhecimento sobre temas atuais.

Logo, além de treinar sua habilidade de escrita pensando no tempo da prova, saiba que uma parte relevante é saber construir um bom texto a partir da pauta enunciada.

Vale também ler as produções de alunos que foram bem-sucedidos nessa etapa, tirando nota 1000, por exemplo. Além, claro, de saber como funciona a avaliação dos corretores.

Sobre os critérios, temos:

• Competência 1: Domínio da norma padrão da língua portuguesa.
• Competência 2: Compreensão da proposta de redação e aplicação dos conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
• Competência 3: Seleção, organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
• Competência 4: Demonstração de conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
• Competência 5: Elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

7.4 Mantenha-se informado e atualizado

O Enem aborda muitos temas ligados a questões sociais e atuais, como sustentabilidade, política e tecnologia. Para se preparar bem, é importante se manter informado sobre assuntos relevantes, lendo notícias e acompanhando debates.

A internet ajuda muito nesse sentido, desde perfis direcionados nas redes sociais até sites de notícias, podcasts e aplicativos de estudo. Há muitos recursos digitais e gratuitos que podem enriquecer seu aprendizado, quebrando um pouco da rotina.

7.5 Cuide da saúde física e mental

Não duvide que a preparação para o Enem pode ser estressante, sendo o cuidado com o seu bem-estar físico e mental essencial para manter o rendimento antes e na hora da prova. Em relação a isso, temos algumas dicas conhecidas que devem sempre ser reforçadas:

• tente dormir de 7 a 8 horas por noite para consolidar o aprendizado e manter sua energia preservada;
• pratique exercícios físicos para ajudar a aliviar o estresse e melhorar sua capacidade de concentração;
• priorize uma alimentação nutritiva e balanceada, que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e mente;
• tire tempo para relaxar e não deixe seu lazer totalmente de lado.

8. Não quero fazer o Enem, como posso entrar na faculdade?

Além de usar a nota do Enem, é possível fazer o vestibular próprio das instituições para conquistar a sua vaga.

Atualmente, grande parte das universidades adota o Enem como forma integral ou parcial de vestibular. No entanto, também há instituições que ainda têm exames próprios. A UNIFACS, por exemplo, oferece a opção de ingresso por meio da entrada simplificada, vestibular ou transferência.

Outra vantagem é a possibilidade da realização do vestibular sem a necessidade de sair de casa. A prova online é ministrada em uma plataforma segura para todos os envolvidos.

Gostou de saber como funciona a nota do Enem e como usá-la para entrar na faculdade? Independentemente de como você pretende usar essa nota, prepare-se para dar o melhor: mergulhe nos livros, nos resumos e, claro, nos exercícios. Seu futuro está pertinho de acontecer!

Antes de ir embora, aproveite para conhecer as graduações da UNIFACS!