Setembro amarelo: vamos falar sobre ansiedade nos estudos?

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Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a vida de um estudante universitário não é tão fácil assim. Afinal, é ao longo da jornada acadêmica que o aluno precisa encarar as semanas de prova, apresentar trabalhos e absorver o máximo de informação relevante para um futuro promissor. Por essas e outras, a ansiedade nos estudos é um cenário comum — que pode afetar pessoas de qualquer idade e tipo de curso.

Como resultado dessa condição, o estudante pode passar a sentir certos efeitos nada agradáveis. Insônia, dificuldade de concentração e até esgotamento mental estão nessa lista. Por aqui, entendemos muito bem esse cenário. Por isso, queremos te ajudar a conhecê-lo melhor e, quem sabe, evitar problemas maiores, tanto causados pela rotina agitada quanto por demais fatores externos.

Neste post, saiba tudo sobre a causa da ansiedade nos estudos, os seus principais sinais e alguns hábitos saudáveis para driblar o problema durante a sua trajetória na faculdade. A leitura é rápida e valerá a pena!

Setembro amarelo: o que preciso saber sobre essa campanha de prevenção?

Para falarmos sobre a ansiedade nos estudos, também é preciso destacar a importância do Setembro Amarelo. Para quem não sabe, o termo diz respeito a uma campanha de conscientização sobre o suicídio — que pode ser desencadeado após um cenário de depressão. 

O movimento começou a ser divulgado em 2015, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), além do Centro de Valorização à Vida (CVV) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em paralelo, a campanha conta com o apoio da mídia e, especialmente, da própria população.

Famoso em todo o território nacional, o Setembro Amarelo, ou mês Amarelo, como também é chamado, é lembrado principalmente no dia 10 de setembro. Essa é a data do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Setembro Amarelo: significado e objetivo 

Como o próprio nome já revela, o principal foco do Setembro Amarelo é proporcionar mais visibilidade a um tema tão importante em nossa sociedade. Aliás, é válido ressaltar que, durante muitos anos, tanto a depressão quanto o suicídio eram considerados temas tabus, e pouquíssimas pessoas tinham coragem de falar abertamente sobre eles.

Dessa vez, porém, a ideia é que tanto a mídia quanto as pessoas nas redes sociais possam abordar esse assunto, levando informações para toda a população e, de alguma forma, auxiliando quem realmente precisa de ajuda.

Quais os sinais de ansiedade e depressão?

Para boa parte dos estudantes, sentir ansiedade nos estudos é algo comum. Contudo, esse cenário não deve ser banalizado, especialmente porque quando não tratado corretamente, ele consegue desencadear outras condições graves — como a própria depressão.

Antes de tudo, é preciso entender que a ansiedade pode ser interpretada de duas maneiras distintas. A primeira, como uma característica de quem é ansioso. Ou seja, são pessoas saudáveis e que podem sentir picos de ansiedade de forma esporádica — algo que todos nós podemos sentir vez ou outra, não é?

Em contraponto, existem os indivíduos que sentem a ansiedade de forma muito mais intensa e presente no dia a dia. Também conhecido como transtorno psicoemocional, o quadro atinge milhões de pessoas mundialmente e pode afetar profundamente o desempenho de um estudante.

Nessas situações, todo cuidado é pouco e um acompanhamento psicológico se torna imprescindível. Existem vários sinais de que uma pessoa está sofrendo de ansiedade nos estudos. A seguir, listamos quais são esses sintomas para que você os identifique e busque ajuda especializada:

  • palpitação no peito;
  • tremores;
  • respiração rápida;
  • picos de suor;
  • náuseas e tonturas;
  • sensação de desespero;
  • medos que não têm sentido;
  • falta de ar constante;
  • formigamento nas pernas e mãos;
  • desmaios.

Como a ansiedade atrapalha nos estudos?

Que a ansiedade é um problema extremamente incômodo, não há dúvidas. Agora, imagine sentir todos esses sinais, ou somente alguns deles, naqueles períodos em que você precisa do máximo de concentração e dedicação?

Ainda que o estudante esteja completamente preparado para enfrentar testes decisivos e apresentações de trabalho, a ansiedade pode ser uma verdadeira “pedra no meio do caminho”. Dessa forma, prejudica todo o seu desempenho e esforço.

Por mais que o indivíduo tenha passado dias lendo os livros, assistido às aulas e até conversado com pessoas experientes para se aprofundar nos conteúdos das matérias, esse sintoma é responsável por causar a chamada “tela em branco”. Em outras palavras, ele faz com que você se esqueça de boa parte do que aprendeu.

Fora isso, a ansiedade consegue interferir em nossa autoestima, deixando qualquer pessoa insegura e com medo de tomar iniciativas importantes. Em resumo: estamos falando de um problema extremamente sério e que merece ser tratado com atenção, ainda mais, se você deseja brilhar em sua trajetória na faculdade.

É possível driblar a ansiedade?

Felizmente, existem vários cuidados que podem ser considerados por quem deseja contornar a ansiedade nos estudos. O primeiro? Investir no autoconhecimento.

Nessa etapa, será preciso observar os seus próprios sentimentos e os efeitos que você sentiu durante uma crise. Posteriormente, será mais fácil reconhecer quando algo não estiver indo bem. Inclusive, esse hábito ajudará a explicar melhor a situação a um médico ou psicólogo, caso decida procurar ajuda profissional.

Obviamente, não terminamos por aí. Assim que perceber os sinais da ansiedade chegando, existem alguns métodos “de urgência” que podem ser praticados para aliviá-los durante uma semana de provas, entrega de trabalhos importantes ou demais desafios da universidade. Contamos, abaixo, quais são eles:

  • respire: investir em uma respiração profunda e lenta é uma ótima forma de minimizar uma crise de ansiedade nos estudos. Quando respiramos lentamente, o nosso cérebro entende que “tudo está bem” e, consequentemente, os sinais do estresse vão desaparecendo aos poucos;
  • vá para um ambiente calmo: se a ansiedade resolver aparecer durante uma prova, que tal dar uma volta? Peça licença e tente caminhar para se distrair por alguns minutos. Procure um local calmo para relaxar a mente e se sentir seguro;
  • distraia-se: para evitar os pensamentos ruins, nada melhor do que se distrair. Coloque uma música para tocar, lembre-se de momentos engraçados entre amigos ou, quem sabe, faça uma pausa e pratique algum esporte. Os efeitos serão imediatos!

Não podemos encerrar o nosso post sobre o Mês Amarelo sem citar a importância de procurar ajuda. Caso você identifique sinais de ansiedade e depressão, não meça esforços em buscar acompanhamento médico, de um psicólogo ou até do CVV — Centro de Valorização da Vida, basta ligar para o número 188.

Somente um profissional qualificado poderá identificar o que está acontecendo com você e, a partir daí, sugerir os melhores e mais eficientes tratamentos. Combinado?

Como vimos ao longo do post, a ansiedade nos estudos é um cenário frequente entre os estudantes — mas que requer o máximo de cuidado e atenção. Contar com apoio e informação é o primeiro passo para mais qualidade de vida e uma saúde mental em dia.

Agora, é com você! Caso tenha gostado do post, aproveite para compartilhá-lo nas redes sociais e fazer com que os seus amigos fiquem por dentro.

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