Nutrição comportamental: entenda como funciona

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Certas tendências do universo da alimentação propõem que é possível modificar a relação das pessoas com a comida, de modo a livrá-las de sentimentos de culpa associados a recaídas em dietas restritivas e modificando os hábitos de forma duradoura. É o caso da nutrição comportamental.

Essa abordagem tira o foco de questões como o peso e a classificação de determinados alimentos como “bons e ruins”: o objetivo é mapear gatilhos mentais e prestar atenção aos sinais do corpo. Preparamos este post para que você entenda mais sobre essa tendência e saiba como encontrar oportunidades profissionais nessa área. Boa leitura!

O que é nutrição comportamental?

É uma abordagem nutricional que se concentra não apenas nos aspectos físicos da alimentação. Ou seja: muito além de raciocínios como “tal comida emagrece” ou “isso engorda”, ela leva em conta critérios fisiológicos, sociais e emocionais.

Os proponentes da nutrição comportamental acreditam que as escolhas alimentares são influenciadas por critérios que não se limitam apenas às necessidades nutricionais. Aí entram as emoções, os hábitos, o ambiente social e cultural, assim como experiências passadas e crenças pessoais.

Nesse sentido, os nutricionistas comportamentais preferem não rotular diferentes alimentos como “bons” ou “ruins”: existem, sim, hábitos prejudiciais. O profissional precisa considerar os comportamentos de consumo do paciente para personalizar a dieta.

É preciso analisar a relação das pessoas com a comida e estudar os sentimentos de culpa e prazer relacionados aos alimentos. O objetivo é compreender os hábitos do ser humano de forma mais ampla e desenvolver um plano alimentar personalizado.

Além disso, os adeptos da nutrição comportamental também acreditam que os meios de comunicação e influenciadores têm um papel muito importante na abordagem de assuntos relacionados à alimentação. Nesse sentido, as mensagens devem ser consistentes e baseadas em evidências científicas, que validem o equilíbrio nutricional e até mesmo o prazer de comer.

Em nossa sociedade, ainda existe um culto à magreza alimentado por mitos e crenças inadequadas sobre alimentação e nutrição. Paradoxalmente, não é incomum encontrar propagandas e peças de divulgação que usam crianças e adolescentes consumindo alimentos calóricos em demasia.

É por isso que a nutrição comportamental enfatiza o papel da mídia e dos órgãos de comunicação no trabalho de conscientização. O objetivo não é “demonizar” alimentos, e sim prevenir contra o estímulo a comportamentos que levem à compulsão alimentar.

Qual é o papel do nutricionista comportamental?

Os profissionais que adotam a abordagem da nutrição comportamental utilizam técnicas de aconselhamento e práticas de nutrição intuitiva. Desse modo, eles orientam a mudança de hábitos e de comportamentos negativos e sentimentos de culpa na relação dos pacientes com a comida.

A alimentação intuitiva é uma abordagem que considera a importância de o paciente se livrar de ciclos de dieta. Isso porque as restrições funcionam melhor quando aplicadas a hábitos — e não a alimentos específicos.

De acordo com esses profissionais, as dietas restritivas desregulam a saciedade e o apetite, ocasionam o ganho e reganho rápido de peso, além de aumentar a suscetibilidade aos exageros e compulsões alimentares.

A dieta é vista como uma solução rápida para problemas duradouros. Nesse contexto, é melhor se livrar dos ciclos de dieta e apostar em uma rotina mais intuitiva de alimentação.

Os nutricionistas ensinam como é importante prestar atenção aos diversos sinais do corpo para que seus pacientes entendam quando estão com fome e quando já estão saciados. Dessa forma, eles vão se relacionar de forma mais saudável com a comida — sem recaídas causadas por dietas irreais.

De modo geral, a alimentação intuitiva afirma que as restrições alimentares geram as compulsões. Isso é muito frustrante para o paciente, que sente que terá que recomeçar do zero sempre que não conseguir cumprir suas metas — além de ter que lidar com sentimentos de estresse e ansiedade.

Por isso, o principal papel da nutrição comportamental é fornecer um ponto de vista individualizado. Nele, cada profissional trabalha de acordo com o caso específico, entendendo as necessidades individuais, os hábitos e as metas de saúde dos pacientes. O objetivo é promover uma mudança positiva e duradoura no estilo de vida e nos vínculos com a comida.

5 áreas da Nutrição para atuar

Quais são as premissas da nutrição comportamental?

As premissas da nutrição comportamental são as seguintes:

  • prestar atenção aos sinais de fome e saciedade do organismo — o paciente aprende a comer apenas quanto está com fome e a parar quando está satisfeito;
  • mapear os gatilhos emocionais que levam ao consumo de alimentos— algumas pessoas se alimentam sem fome após experimentarem tédio, tristeza ou estresse, por exemplo;
  • cultivar uma relação saudável com a comida — é uma boa ideia evitar classificar alimentos como “ruins” ou bons”. É permitido desfrutar de alimentos considerados calóricos, em moderação;
  • desenvolver a capacidade de entender os próprios padrões alimentares — isso é feito por meio do registro das escolhas e dos sentimentos vinculados a cada uma delas;
  • promover uma alimentação realmente equilibrada — os alimentos nutritivos são priorizados, mas há mais flexibilidade para satisfazer certos prazeres;
  • gerar a inclusão entre profissionais — qualquer nutricionista, independentemente do nível de formação, pode contar com a comunidade para encontrar subsídios e orientações para melhorar as práticas enquanto profissional de nutrição;
  • defender uma orientação nutricional e uma comunicação que não se baseia em dietas restritivas — o peso não é o foco do aconselhamento nutricional, e sim uma consequência. O objetivo é fazer o paciente entender que a saúde depende da mudança para hábitos saudáveis, e não de uma determinada medida de peso.

Como se tornar um nutricionista comportamental?

Para colocar as premissas da nutrição comportamental em prática, nada melhor do que se formar em uma das universidades mais conceituadas no mercado. Assim, os alunos estudam com profissionais que estão por dentro das novas tendências de alimentação.

O curso de Nutrição da UNIFACS é uma formação totalmente direcionada para as exigências do mercado de trabalho atual. Durante a trajetória na faculdade, os estudantes desenvolvem as habilidades para atuar em diferentes áreas.

Há estágios com o acompanhamento integral por professores institucionais, por exemplo. A formação é direcionada para que os estudantes tenham a capacidade de aproveitar uma ampla gama de oportunidades no mercado.

Muito além da nutrição comportamental, o campo de atuação para o profissional abrange áreas como a alimentação coletiva e clínica, esportes, indústria de alimentos, consultoria e assessoria. Como o curso da UNIFACS tem um quadro de professores que atuam em diversos segmentos, os profissionais poderão se encaixar em qualquer um desses campos — e em muitos outros.

Como vimos no artigo, a nutrição comportamental é uma abordagem que propõe que os profissionais da área trabalhem os hábitos alimentares como um todo. Para fazer parte desse segmento específico, é importante buscar uma graduação em uma faculdade respeitada. Assim, os alunos terão uma inserção qualificada no mercado.

Aproveite a visita ao blog e saiba mais sobre o curso de Nutrição da UNIFACS!

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