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Quem quer seguir carreira em Fisioterapia não encontra apenas um mercado com bastante demanda, mas também que oferece vários caminhos de especialização alinhados aos diferentes perfis de profissionais e sonhos de carreira.
Um exemplo disso é a fisioterapia neurofuncional. Você já ouviu falar? Neste artigo especial, você vai entender o que significa essa área, as possibilidades de atuação e como começar sua nova jornada. Acompanhe!
O que é fisioterapia neurofuncional?
Como o próprio nome sugere, a fisioterapia neurofuncional é uma especialização focada na recuperação do funcionamento padrão do sistema nervoso de um paciente. Quando falamos em nervos, nos referimos à rede principal de controle do nosso corpo. São os nervos que nos permitem sentir, movimentar e perceber quando algo está errado.
Portanto, ter qualquer dano ou limitação neurológica significa perda de qualidade de vida. Pacientes com lesões e com condições que afetam o sistema nervoso (como Parkinson, Alzheimer, AVC, entre outras) podem ter que lidar com consequências debilitantes. Alguns exemplos são:
- dores constantes;
- perda de sensibilidade;
- dificuldade de locomoção;
- transtornos psicológicos e sociais resultantes da condição.
É por conta desse grande impacto que profissionais capacitados em funções neurais são tão valorizados atualmente. Afinal, eles são preparados para conduzir a reabilitação da funcionalidade neurológica de indivíduos e sua readaptação física e social.
A fisioterapia neurofuncional é uma especialização recente. Apenas em 1998 ela foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
Ainda mais tarde, em 2009, foi fundada a ABRAFIN (Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional), focada na especialização de fisioterapia neurofuncional. Desde então, ela vem se desenvolvendo como caminho viável e promissor para quem decide iniciar uma carreira na área.
Como fisioterapeutas neurofuncionais atuam?
Como outras áreas da saúde, a fisioterapia neurofuncional precisa adaptar processos a diferentes necessidades. Afinal, o corpo humano não é uma máquina, e até mesmo condições bem parecidas podem se manifestar de maneiras distintas, a depender da pessoa.
Primeiramente, a fisioterapia indicada vai depender da origem do transtorno: lesão por impacto, condições genéticas, hábitos de vida, doenças que afetam os nervos etc. É por isso que todo tratamento começa com uma avaliação completa do paciente, passando por histórico médico, laudos atuais e exames diretos.
Inclusive, precisamos lembrar que a Fisioterapia é uma área para quem gosta de saúde, mas também de pessoas. Ouvir e entender os pacientes é fundamental para o sucesso de tratamentos — e faz muita diferença na hora de mudar a vida de quem precisa.
Algumas condições comuns que levam pacientes à fisioterapia neurofuncional são:
- limitação de movimentos e fraqueza muscular;
- perda de tônus muscular (hiptonia);
- maior incidência de contração e espasmos (espasticidade);
- diminuição da sensibilidade, incluindo dormência e formigamento;
- alterações no equilíbrio, no caminhar, na postura, entre outros.
Ou seja, do ponto de vista fisioterapêutico, o papel de profissionais da área é recuperar as funcionalidades do corpo ao exercitar e adaptar músculos e articulações de acordo com uma nova condição neurológica — daí o nome da especialização.
Quais são os tipos de fisioterapia neurofuncional?
A partir do diagnóstico, o início do tratamento de fisioterapia neurofuncional é de planejamento para um plano de ação que seja eficaz e confortável para o paciente. Existem diversos tipos e abordagens de fisioterapia, que podem se ajustar individualmente — já que cada pessoa é única.
Primeiro, precisamos separar a fisioterapia neurofuncional em dois grandes grupos:
- pediátrica — trata, geralmente, transtornos neurológicos congênitos que surgem durante os primeiros anos de vida, como Síndrome de Down, paralisia infantil, distrofia e mielomeningocele;
- adulta — trata uma gama bem vasta de condições, tanto aquelas comuns à idade (Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla), passando por lesões como AVC e impactos no corpo, até a degradação natural do tempo, incluindo má postura e sedentarismo.
Com a avaliação da origem do problema, do histórico médico e mediante discussão com o paciente, fisioterapeutas têm um verdadeiro arsenal de técnicas e processos que podem ajudar. Alguns são:
- treinamentos funcionais, como pilates;
- eletroterapia;
- estímulo de sensibilidade;
- outros estímulos sensoriais;
- alongamentos;
- Reeducação Postural Global (RPG);
- treino funcional com pesos;
- exercícios de mobilização etc.
O tipo de abordagem profissional vai depender muito do resultado esperado e até da afinidade de fisioterapeutas com uma ou outra técnica, além do próprio espaço disponível, onde são feitas as sessões.
Isso significa que a fisioterapia neurofuncional convida quem está iniciando na carreira a explorar e encontrar seu espaço dentro do mercado de trabalho.
Qual é a diferença entre fisioterapia neurológica e neurofuncional?
Uma dúvida muito comum que surge entre quem está pesquisando sobre áreas para cursar é a diferença entre esses dois termos.
E a resposta é simples: em geral, não há diferença. Os dois nomes são utilizados para a mesma especialização e quem se forma pode se apresentar das duas formas.
Talvez exista apenas uma diferença de percepção:
- fisioterapia neurológica — mais voltada para a reabilitação direta dos nervos;
- fisioterapia neurofuncional — mais voltada para a reabilitação das funções do corpo afetadas pelo mal funcionamento de nervos.
Porém, é uma diferenciação apenas semântica. Em questões técnicas da profissão, ambos os termos significam a mesma coisa.
Como se tornar um fisioterapeuta neurofuncional?
Como você pôde ver, mesmo sendo uma especialização, a fisioterapia neurofuncional compreende um universo dentro dela mesma. Essa é uma carreira dinâmica, com a introdução constante de novas técnicas e tecnologias.
Se você tem um perfil que busca mudar a vida das pessoas e, ao mesmo tempo, gosta de inovar e testar novos métodos científicos, esse pode ser o caminho perfeito.
E não estamos falando apenas de realização profissional. Se você busca uma carreira promissora em demanda e valorização, também está mirando certo. Isso porque a profissão está em alta no mercado, principalmente após a pandemia, quando muitos brasileiros começaram a dar mais atenção à saúde e a pensar na qualidade de vida em longo prazo.
Dentro desse cenário, a fisioterapia neurofuncional é uma especialização promissora tanto nas oportunidades de carreira quanto na evolução empolgante de novas técnicas no futuro.
Para começar, o caminho mais certo é fazer a graduação em Fisioterapia. Assim, você poderá imergir em uma série de especialidades e se descobrir em uma área que cresce a cada dia.
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