Farmacêutico hospitalar: o que essa profissão faz?

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Você escolheu a Farmácia como área para estudar na graduação, mas ainda não está por dentro de todas as opções de atuação no mercado de trabalho? Pois chegou o momento de conhecer uma das possibilidades de carreira que tem atraído vários profissionais do ramo: a de farmacêutico hospitalar.

A seguir, vamos abordar como é esse campo, as funções são exercidas nele, o que esperar do dia a dia de trabalho e, em particular, qual é a formação necessária para trilhar esse caminho. Acompanhe!

O que é farmácia hospitalar?

Essa é uma das 10 especialidades do farmacêutico, sendo reconhecida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e apresentada na resolução nº572/13. A área se refere à atuação do profissional nas unidades de farmácia dentro das instituições hospitalares públicas e privadas.

A área existe não só nas instituições de saúde de atendimento geral e de médio porte, como também nas de referência e de alta complexidade (em transplante, tratamento de câncer, atenção em urgência e emergência etc.).

Nesse contexto, o farmacêutico hospitalar atua diretamente na assistência aos pacientes internados, trabalhando de maneira coletiva com enfermeiros, médicos e outros profissionais da saúde.

Isso porque a farmácia é responsável pelos medicamentos utilizados em tratamentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, exames e muito mais. Essa categoria é quem faz, por exemplo, a compra, o armazenamento e a distribuição dos produtos farmacológicos no hospital.

O objetivo é sempre o gerenciamento mais efetivo e seguro deles, não só para os colegas da área da saúde, mas principalmente para as pessoas que precisam disso para recuperarem o bem-estar e a qualidade de vida.

Quais são as funções do farmacêutico hospitalar?

Uma atribuição comum é a reserva e a dispensa de medicamentos que saem da unidade de farmácia para todo o hospital. Muitas vezes, o farmacêutico encaminha preparos já prontos para serem administrados conforme a prescrição médica, o que ocorre em ambulatórios e até em centros de terapia intensiva.

Além disso, o farmacêutico hospitalar também atua no controle e na otimização desses materiais, evitando não só desperdícios, mas também usos indevidos. Ah, e não acaba aí. Isso porque é ele o responsável pelas solicitações de aquisição de novos insumos e itens terapêuticos dentro do hospital.

Dentro do serviço público de saúde, tais requisições podem envolver o município, o Estado e, inclusive, a União. É o que acontece no repasse de imunizantes e tratamentos profiláticos.

Vale pontuar que, fora a assistência direta em medicamentos, o profissional pode assumir outras funções na instituição. É o caso de oficinas e treinamentos para utilização de fármacos com potencial de risco ou com alto custo e na capacitação e educação permanente de estagiários e residentes do local.

Como é o dia a dia desse profissional?

Geralmente, o farmacêutico hospitalar fica alocado em uma unidade específica dentro do hospital, com atenção a demandas internas. Porém, a depender da infraestrutura, é possível que ele atue em dois ou mais departamentos de farmácia. Um exemplo disso é quando o lugar tem farmácia com dispensa gratuita de produtos para os pacientes, o que é encontrado em alguns hospitais públicos do país.

O trabalho desse profissional ocorre em dois formatos: diarista ou plantonista. O primeiro caso é o do farmacêutico que atende às demandas dos setores hospitalares em horário comercial. O segundo é daquele que atua na retaguarda do serviço, o que pode acontecer fora do horário padrão (por exemplo, à noite e de madrugada) ou para suprir a assistência emergencial aos pacientes.

Esse é um exemplo comum em serviços de trauma, pronto-socorro e que lidam com desastres naturais.

Como se tornar um farmacêutico hospitalar?

O primeiro passo é saber qual faculdade fazer: a graduação em Farmácia. Dessa forma, é possível conhecer os campos de atuação, entender a prática profissional e estudar os conteúdos científicos sobre saúde que serão fundamentais na sua carreira.

A formação dura quatro anos e conta com disciplinas que mesclam teoria em sala de aula com prática em laboratório. Ao longo dos quatro anos de curso, você tem matérias como:

  • Análises Metabólicas e Perfusionais;
  • Farmacoterapia no Serviço Farmacêutico;
  • Química dos Produtos Naturais;
  • Tecnologia, Inovação e Qualidade de Medicamentos;
  • Desenvolvimento de Medicamentos e Cosméticos;
  • Análises Histológicas e Imuno-hematológicas.

Após se formar, a próxima etapa é fazer a pós-graduação em Farmácia Hospitalar. Na área da saúde, ela pode ocorrer de duas formas. A primeira é por meio de um curso de especialização que pode ser presencial, semipresencial ou EaD e ter duração igual ou superior a 360h.

A segunda é por meio da residência multiprofissional, modalidade de pós disponível também para psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas e demais profissionais que integram esse setor tão importante.

Com duração de dois anos, você estuda e atua dentro de uma instituição hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), se aperfeiçoando em um programa específico. É o caso da saúde da neonatologia, da pediatria, da infectologia, da neurologia etc.

Assim, é possível vivenciar o campo prático e conhecer as principais demandas de medicamentos, análises e insumos nas enfermarias, centros de cirurgia, UTIs e afins. Para ingressar na residência, é preciso passar por um processo seletivo que ocorre anualmente.

O Enare é um exemplo de seleção nacional com vagas para hospitais em todo o Brasil. Porém, também há processos locais, caso você deseje atuar em determinado serviço ou município. Em Salvador, por exemplo, você tem a seleção pela Escola de Saúde Pública de Salvador (ESPS).

Como mostrado, o farmacêutico hospitalar é de grande importância nos serviços de saúde, contribuindo para a promoção do bem-estar, a reabilitação de pessoas doentes e a preservação da vida. Afinal, os medicamentos têm um papel crucial no controle de doenças, disfunções, infecções, acidentes e muito mais.

Por isso, é tão importante que haja profissionais especializados para lidar com o gerenciamento correto dos medicamentos. Isso, sem dúvidas, demanda uma boa formação (graduação e pós-graduação) para estar preparado para o mercado de trabalho. Portanto, invista sempre nos estudos para se destacar na área!

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