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No mercado de trabalho, as habilidades técnicas (popularmente chamadas de “hard skills”) continuam sendo um elemento de peso. E, geralmente chamam a atenção dos recrutadores em um primeiro momento.
No entanto, as inúmeras mudanças que ocorreram nos últimos anos tornaram as habilidades socioemocionais (também chamadas de”soft skills”) valorizadas, sendo muitas delas atualmente determinantes para a conquista de uma oportunidade profissional.
Segundo o Diretor de Gerenciamento de Produtos do LinkedIn, Rohan Rajiv, a importância dessas últimas se deve muito ao aumento do trabalho desempenhado em regime remoto e autônomo. Inclusive, ele revela que as habilidades socioemocionais foram requisitadas em 78% das vagas divulgadas nos últimos meses em âmbito global. Em uma entrevista à Forbes, Rajiv destacou que “(…) soft skills básicas tornaram-se ainda mais importantes devido ao aumento do trabalho remoto e autônomo, e estão crescendo em importância em todos os setores, níveis e ambientes de trabalho”.
Então, levando em conta a relevância do desenvolvimento dessas habilidades para o alcance de um bom posicionamento profissional, nas próximas linhas vamos ajudar a entender como trabalhá-las com foco em criatividade e inovação. Continue a leitura!
Qual é a importância de desenvolver criatividade e inovação para alavancar a carreira?
Você já parou para refletir sobre quantas vezes leu ou ouviu por aí que o alcance do sucesso no âmbito profissional requer que saibamos “pensar fora da caixinha”? A expressão já se tornou um clichê, é verdade.
Além disso, há um mito que ainda é perpetuado por algumas pessoas em relação à criatividade: uma ideia de que a preocupação em desenvolvê-la se limita aos artistas ou mesmo que, para ser considerado realmente criativo, um profissional deve criar algo totalmente revolucionário.
Porém, diferentemente dessa crença equivocada, o fato é que tanto a criatividade quanto a inovação são habilidades que podem ser desenvolvidas da mesma forma que qualquer outra. Inclusive, é válido destacar que, via de regra, elas andam “lado a lado” e, mais do que nunca, têm sido consideradas grandes diferenciais no mercado de trabalho.
Afinal, no contexto em que vivemos atualmente, com tantas novidades e transformações surgindo em um ritmo altamente acelerado, as empresas vêm buscando talentos capazes de ir além do “mais do mesmo”, saindo do lugar-comum. Ou seja, profissionais que apresentem soluções e ideias novas para driblar problemas preexistentes e que ainda estão por vir.
Como a falta dessas habilidades pode impactar a vida profissional?
Houve, sim, um tempo em que as competências técnicas eram as mais visadas no mercado de trabalho. Mas, como dito, diversas transformações aconteceram nos últimos anos. Então, atualmente, essas habilidades tendem a levar o profissional até certo patamar da carreira.
Ou seja, quem realmente almeja se destacar deve também priorizar as habilidades socioemocionais. Afinal, embora sejam de difícil mensuração, são decisivas para uma trajetória bem-sucedida. Inclusive, Alexandra Levit, que é palestrante, consultora, escritora e especialista em ambiente de trabalho nascida em Minnesota, EUA, vai além.
A autora de “Humanity Works: Merging Technologies and People for the Workforce of the Future” (em tradução livre, “Humanidade no Trabalho: Mesclando Tecnologias e Pessoas para a Força de Trabalho do Futuro”) afirma que são as competências sociais que ajudam a manter a longevidade na carreira. Segundo Levit, “(…) para que alguém tenha sucesso em dez anos, deve ser resiliente e capaz de se reinventar em ambientes de aprendizagem diferentes”.
Além disso, outro aspecto que não se pode negligenciar é o fato de que as habilidades técnicas passam por mudanças à medida que os diversos setores também se transformam e que as demandas se modificam.
Já as habilidades socioemocionais permanecem ao longo de toda a jornada profissional e são valiosas nos mais diferentes segmentos, mantendo o talento altamente empregável mesmo nos casos em que as circunstâncias o fazem recomeçar, aventurando-se em uma área de atuação distinta. Ou seja, tratam-se de habilidades do futuro que todos os profissionais do futuro devem desenvolver.
Quais são as boas práticas que podem ser adotadas para desenvolver criatividade e inovação?
Antes de elencar as iniciativas que podem ser colocadas em ação para o desenvolvimento de ambas as habilidades, é interessante diferenciá-las, pois muitas pessoas confundem os termos.
Em uma definição simples, enquanto a criatividade é a capacidade de produzir alguma coisa a partir da imaginação, a inovação envolve justamente o ato de colocar em prática essa ideia. Logo, uma dá vida à outra em uma espécie de complementação, já que as ideias rompem os padrões e se tornam soluções inovadoras.
1. Inicie pelo “pequeno”
Você também sempre acreditou que ser inovador e criativo implica ter ideias extremamente grandiosas e revolucionárias que impactarão a vida de inúmeras pessoas e trarão reconhecimento?
Bem, criatividade e inovação estão, sim, presentes em grandes feitos, mas também nos detalhes do cotidiano. Então, focar ideias que gerem mudanças positivas no seu dia a dia ou no ambiente organizacional é um excelente começo. Por isso, vale a pena iniciar com uma reflexão sobre as pequenas coisas que estão à sua volta.
2. Esteja atento àquilo que o cerca
Boas ideias dificilmente surgem “do nada”. Por isso, é fundamental manter um olhar atento a tudo que está acontecendo no mundo, dos noticiários às brincadeiras que viralizam nas redes sociais, por exemplo. O ideal é que você tenha em mente que todos os acontecimentos à sua volta podem ser fontes contínuas de inspiração e indicar novos caminhos para a proposição de algo verdadeiramente inovador.
3. Mexa-se
O estado físico do corpo humano é outro fator que merece atenção quando falamos do desenvolvimento de criatividade e inovação. Nesse sentido, a prática regular de atividades físicas estimula a liberação de hormônios ligados ao bem-estar e auxilia na circulação sanguínea. Afinal, para que a mente funcione bem, é fundamental que o seu corpo esteja em sintonia.
4. Faça pausas quando necessário
Você já se viu em situações nas quais insistiu durante longas horas em uma ideia e, no final, não chegou a lugar algum? Na verdade, o processo criativo pode ser bastante exaustivo para a mente e, por isso, em circunstâncias como essas, o mais indicado é fazer uma pausa, distanciando-se daquilo que vem “sugando” o seu raciocínio.
Ao dar esse tempo para que a sua cabeça se recupere, torna-se mais fácil abrir espaço para o surgimento de novas ideias.
Entendeu como criatividade e inovação andam lado a lado e, atualmente, estão entre as habilidades socioemocionais mais requisitadas pelas empresas? Embora as hard skills permaneçam importantes para o desempenho de inúmeras funções, cada vez mais as soft skills se tornam determinantes para alcançar patamares mais altos na carreira.
Inclusive, criatividade e inovação não são as únicas competências que estão em alta! Aproveite para descobrir quais são as soft skills mais buscadas e extremamente úteis na maior parte dos ambientes de trabalho!