Conheça a história da Enfermagem: origem e evolução

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A história da Enfermagem é uma das mais longas entre as profissões existentes, não só na área da saúde, mas em todo o mercado. Afinal, remonta a milhares de anos, quando nem mesmo existiam hospitais e equipamentos para o tratamento de pacientes. Além disso, ela é repleta de marcos importantes, o que mostra como sua evolução foi contínua e crescente para uma melhor assistência às pessoas.

Hoje, a categoria é um dos pilares dos serviços de saúde, sendo indispensável para o acolhimento humanizado e uma prática integral de cuidados. Não à toa, desempenhou um papel essencial no combate à pandemia de Covid-19. Neste post, trouxemos um compilado sobre a história da profissão para você ficar a par dela. Leia até o fim e saiba mais!

Como e quando surgiu a Enfermagem?

A área não surgiu como uma profissão, nem mesmo tinha o nome pelo qual é conhecida hoje. Era uma atividade já datada da Idade Antiga (no Egito Antigo, na Mesopotâmia, na Grécia Antiga etc.) por volta de 3.500 a 4.000 anos antes de Cristo.

Ela tinha foco na atenção e no cuidado de pessoas feridas, doentes, acidentadas e em fase terminal. Era um afazer realizado por qualquer indivíduo, sem técnicas ou espaços específicos para essa finalidade.

Qual a história da Enfermagem?

Na Grécia Antiga, com os ensinamentos e propostas de Hipócrates, houve avanços na promoção e reabilitação da saúde que dá origem à Medicina e à habilidade de diagnosticar e tratar doenças. Em paralelo, a prática de cuidados ao enfermo — que viria a se tornar a Enfermagem — começa a ser aperfeiçoada.

Alguns séculos depois, na Idade Média, ela passa a ser realizada de forma mais coordenada em instituições religiosas voltadas para a caridade e o acolhimento dos menos favorecidos — as chamadas santas casas.

Essas instituições que acabavam recebendo pessoas com diferentes problemas de saúde. Muitos dos quais precisavam de isolamento, além de assistência contínua. O hospital, como conhecemos hoje, ainda não existia. Ele foi formulado apenas no século XVIII. Na realidade, é um derivado dessas santas casas, contando, inicialmente, com enfermarias e, posteriormente, com alguns centros de intervenções cirúrgicas.

As demais unidades hospitalares surgiram depois (ambulatórios, UTIs, maternidades etc.). É a partir daí que a Medicina entra de vez no cenário hospitalar e, ao lado da Enfermagem, reformulam os serviços de saúde. Contudo, é apenas no século XIX que a Enfermagem é reivindicada, de fato, como área de ensino e formação profissional, por meio de Florence Nightingale — responsável por instituir a primeira Escola de Enfermeiras na Inglaterra, em 1860.

Quais as fases da evolução da Enfermagem?

Elas costumam ser divididas em três períodos importantes: o empírico, o evolutivo e, por fim, o de aprimoramento. Cada um está diretamente relacionado à história e consolidação da profissão. Abaixo, explicamos melhor cada um deles.

Fase empírica

O primeiro ciclo é o maior de todos, cobrindo todo o período histórico que antecede o século XIX. Isso porque, como explicado, havia a assistência aos doentes e pessoas com diferentes comprometimentos de saúde, mas não existia até então uma profissão especializada e reconhecida socialmente para esse trabalho.

Inclusive, a fase recebe o título de empírico justamente porque os procedimentos eram realizados a partir de tentativas, observações de resultados e reproduções conforme o que se mostrava útil e efetivo no tratamento e cuidado dos indivíduos. Ou seja, algumas etapas que fazem parte do método científico de pesquisa.

Fase evolutiva

Esse segundo momento diz respeito ao século XIX e a metade inicial do século XX, período em que se estabelece a Escola de Enfermeiras no Hospital São Thomas de Londres. Portanto, se define a organização de um departamento da área, o que envolve uma hierarquia de funcionamento e um protocolo de atuação com pacientes em internação e observação.

As primeiras enfermeiras são oficialmente formadas, e a Enfermagem se converte em uma das carreiras da saúde. Com atuação direta ao lado da Medicina na promoção do bem-estar, reabilitação e proteção à vida.

O processo de implementação dela no mencionado hospital se mostra um sucesso e ele passa a ser replicado em outras instituições públicas e privadas do Reino Unido e do mundo. No Brasil, por exemplo, o primeiro local a ter uma escola de Enfermagem foi o Hospital São Paulo (HSP), em 1939.

Isso se deve, em especial, por conta dos cenários de guerra que marcam a transição do século XIX para o século XX na Europa. Como os conflitos civis, das expansões imperiais e as primeiras Guerras Mundiais que ocasionavam uma busca massiva de pessoas por cuidados em saúde.

Fase de aprimoramento

O último período trata da segunda metade do século XX até os dias atuais. É aqui que há o desenvolvimento e aprimoramento da Enfermagem enquanto ciência e reconhecimento legal dela nos países, com a devida regulamentação de quem pode ou não a exercer enquanto profissão. No Brasil, foi a lei nº 7.498 de 1986 que cumpriu essa importante missão.

Além disso, ocorrem as primeiras discussões sobre a autonomia e os limites bioéticos e legais da área e a ampliação dos campos de atuação dessa profissão. Os enfermeiros, que até então eram alocados quase que exclusivamente nos hospitais (com exceção das parteiras que atendiam em domicílio), trabalham em outros níveis de atenção à saúde.

Isso sem falar, é claro, em outros locais de prestação de serviços. Por exemplo, postos de saúde, ambulatórios, clínicas etc. Outro ponto marcante é a inserção de homens na categoria. Algo que, durante a fase anterior não ocorria, pois havia um entendimento de que a profissão deveria ser exercida exclusivamente por mulheres.

Quais os avanços da profissão?

No Brasil, como mostra a seção de legislação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), houve alguns pontos de destaque desde a regulamentação da categoria no país. Entre eles, o estabelecimento do piso salarial nacional da categoria, a definição das diretrizes dos cursos de formação de novos enfermeiros e a ampliação das áreas de atividades da profissão para saúde, gestão e ensino e pesquisa.

Como mostrado, a história da Enfermagem atravessa a própria evolução da humanidade. Enquanto categoria profissional, ela tem cerca de 200 anos. Porém, como atividade-base na área da saúde, ela é uma prática milenar. Por isso, é um campo que merece não só reconhecimento, mas estudo e promoção dos conhecimentos e práticas do ramo.

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