O que é fisioterapia neurofuncional e como funciona a área

6 minutos para ler

Quem quer seguir carreira em Fisioterapia não encontra apenas um mercado com bastante demanda, mas também que oferece vários caminhos de especialização alinhados aos diferentes perfis de profissionais e sonhos de carreira.

Um exemplo disso é a fisioterapia neurofuncional. Você já ouviu falar? Neste artigo especial, você vai entender o que significa essa área, as possibilidades de atuação e como começar sua nova jornada. Acompanhe!

O que é fisioterapia neurofuncional?

Como o próprio nome sugere, a fisioterapia neurofuncional é uma especialização focada na recuperação do funcionamento padrão do sistema nervoso de um paciente. Quando falamos em nervos, nos referimos à rede principal de controle do nosso corpo. São os nervos que nos permitem sentir, movimentar e perceber quando algo está errado.

Portanto, ter qualquer dano ou limitação neurológica significa perda de qualidade de vida. Pacientes com lesões e com condições que afetam o sistema nervoso (como Parkinson, Alzheimer, AVC, entre outras) podem ter que lidar com consequências debilitantes. Alguns exemplos são:

  • dores constantes;
  • perda de sensibilidade;
  • dificuldade de locomoção;
  • transtornos psicológicos e sociais resultantes da condição.

É por conta desse grande impacto que profissionais capacitados em funções neurais são tão valorizados atualmente. Afinal, eles são preparados para conduzir a reabilitação da funcionalidade neurológica de indivíduos e sua readaptação física e social.

A fisioterapia neurofuncional é uma especialização recente. Apenas em 1998 ela foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

Ainda mais tarde, em 2009, foi fundada a ABRAFIN (Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional), focada na especialização de fisioterapia neurofuncional. Desde então, ela vem se desenvolvendo como caminho viável e promissor para quem decide iniciar uma carreira na área.

Como fisioterapeutas neurofuncionais atuam?

Como outras áreas da saúde, a fisioterapia neurofuncional precisa adaptar processos a diferentes necessidades. Afinal, o corpo humano não é uma máquina, e até mesmo condições bem parecidas podem se manifestar de maneiras distintas, a depender da pessoa.

Primeiramente, a fisioterapia indicada vai depender da origem do transtorno: lesão por impacto, condições genéticas, hábitos de vida, doenças que afetam os nervos etc. É por isso que todo tratamento começa com uma avaliação completa do paciente, passando por histórico médico, laudos atuais e exames diretos.

Inclusive, precisamos lembrar que a Fisioterapia é uma área para quem gosta de saúde, mas também de pessoas. Ouvir e entender os pacientes é fundamental para o sucesso de tratamentos — e faz muita diferença na hora de mudar a vida de quem precisa.

Algumas condições comuns que levam pacientes à fisioterapia neurofuncional são:

  • limitação de movimentos e fraqueza muscular;
  • perda de tônus muscular (hiptonia);
  • maior incidência de contração e espasmos (espasticidade);
  • diminuição da sensibilidade, incluindo dormência e formigamento;
  • alterações no equilíbrio, no caminhar, na postura, entre outros.

Ou seja, do ponto de vista fisioterapêutico, o papel de profissionais da área é recuperar as funcionalidades do corpo ao exercitar e adaptar músculos e articulações de acordo com uma nova condição neurológica — daí o nome da especialização.

Quais são os tipos de fisioterapia neurofuncional?

A partir do diagnóstico, o início do tratamento de fisioterapia neurofuncional é de planejamento para um plano de ação que seja eficaz e confortável para o paciente. Existem diversos tipos e abordagens de fisioterapia, que podem se ajustar individualmente — já que cada pessoa é única.

Primeiro, precisamos separar a fisioterapia neurofuncional em dois grandes grupos:

  • pediátrica — trata, geralmente, transtornos neurológicos congênitos que surgem durante os primeiros anos de vida, como Síndrome de Down, paralisia infantil, distrofia e mielomeningocele;
  • adulta — trata uma gama bem vasta de condições, tanto aquelas comuns à idade (Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla), passando por lesões como AVC e impactos no corpo, até a degradação natural do tempo, incluindo má postura e sedentarismo.

Com a avaliação da origem do problema, do histórico médico e mediante discussão com o paciente, fisioterapeutas têm um verdadeiro arsenal de técnicas e processos que podem ajudar. Alguns são:

  • treinamentos funcionais, como pilates;
  • eletroterapia;
  • estímulo de sensibilidade;
  • outros estímulos sensoriais;
  • alongamentos;
  • Reeducação Postural Global (RPG);
  • treino funcional com pesos;
  • exercícios de mobilização etc.

O tipo de abordagem profissional vai depender muito do resultado esperado e até da afinidade de fisioterapeutas com uma ou outra técnica, além do próprio espaço disponível, onde são feitas as sessões.

Isso significa que a fisioterapia neurofuncional convida quem está iniciando na carreira a explorar e encontrar seu espaço dentro do mercado de trabalho.

Qual é a diferença entre fisioterapia neurológica e neurofuncional?

Uma dúvida muito comum que surge entre quem está pesquisando sobre áreas para cursar é a diferença entre esses dois termos.

E a resposta é simples: em geral, não há diferença. Os dois nomes são utilizados para a mesma especialização e quem se forma pode se apresentar das duas formas.

Talvez exista apenas uma diferença de percepção:

  • fisioterapia neurológica — mais voltada para a reabilitação direta dos nervos;
  • fisioterapia neurofuncional — mais voltada para a reabilitação das funções do corpo afetadas pelo mal funcionamento de nervos.

Porém, é uma diferenciação apenas semântica. Em questões técnicas da profissão, ambos os termos significam a mesma coisa.

Como se tornar um fisioterapeuta neurofuncional?

Como você pôde ver, mesmo sendo uma especialização, a fisioterapia neurofuncional compreende um universo dentro dela mesma. Essa é uma carreira dinâmica, com a introdução constante de novas técnicas e tecnologias.

Se você tem um perfil que busca mudar a vida das pessoas e, ao mesmo tempo, gosta de inovar e testar novos métodos científicos, esse pode ser o caminho perfeito.

E não estamos falando apenas de realização profissional. Se você busca uma carreira promissora em demanda e valorização, também está mirando certo. Isso porque a profissão está em alta no mercado, principalmente após a pandemia, quando muitos brasileiros começaram a dar mais atenção à saúde e a pensar na qualidade de vida em longo prazo.

Dentro desse cenário, a fisioterapia neurofuncional é uma especialização promissora tanto nas oportunidades de carreira quanto na evolução empolgante de novas técnicas no futuro.

Para começar, o caminho mais certo é fazer a graduação em Fisioterapia. Assim, você poderá imergir em uma série de especialidades e se descobrir em uma área que cresce a cada dia.

E se você tem sua rota traçada, já sabe que modelo de curso se encaixa melhor em sua rotina? Veja os perfis de estudos indicados para quem quer estudar EAD ou presencial!

Compartilhe !

Posts relacionados

Deixe um comentário