Fies: como funciona e quem tem direito? Entenda aqui

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O Brasil conta com um vasto mercado universitário, com inúmeras Instituições de Ensino Superior (IES) e milhões de alunos matriculados anualmente. Os cursos abrangem programas sequenciais organizados por área do conhecimento e estão disponíveis para candidatos que concluíram o Ensino Médio e desejam conhecer como funciona o FIES.

Os cursos de nível superior são divididos em graduação, pós-graduação, especializações, mestrado, doutorado e outras formas de aperfeiçoamento. No entanto, alguns alunos não possuem recursos financeiros para arcar com as mensalidades e buscam conquistar bolsas parciais ou integrais. Neste artigo, abordaremos o FIES, o funcionamento desse programa e outros detalhes.

Você gostaria de saber mais sobre o FIES, entender os critérios e como participar? Continue lendo!

O que é o Fies?

O Financiamento para Estudantes do Ensino Superior é um programa governamental baseado em três pilares:

  1. Financiamento totalmente pelo governo: Nesse caso, todo o financiamento do curso é realizado pelo governo, sem a participação da iniciativa privada.
  2. Financiamento pela iniciativa privada: Nesse modelo, parte do financiamento é realizado pela iniciativa privada, por meio de parcerias entre as instituições de ensino e empresas.
  3. Financiamento misto: Esse modelo combina recursos do governo e da iniciativa privada para o financiamento do curso, de forma a garantir acesso ao Ensino Superior para os estudantes.

O FIES é importante para os alunos que não conseguem ter acesso ao sistema público de Ensino Superior ou desejam um curso particular, mas não podem arcar com os custos.

Empréstimo garantido pelo governo

O financiamento é assegurado pelo governo, que realiza o pagamento para a IES por meio de uma parceria, possibilitando que os estudantes realizem uma graduação.

Por meio desse programa, as instituições privadas podem receber isenções fiscais ao oferecerem bolsas de estudo aos colaboradores. Essa política funciona e beneficia as empresas e os funcionários.

Formação no Ensino Superior

Esse empréstimo do governo destina-se exclusivamente a quem deseja cursar uma graduação, e é estabelecido um prazo para começar a pagar os valores custeados com recursos públicos.

Os recursos financeiros são administrados e direcionados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e existem percentuais mínimos e máximos para esse financiamento.

Custeio das mensalidades

O valor mínimo destinado pelo governo para custear as mensalidades é de 50% — o restante será cobrado do aluno que optou pelo FIES. Já o percentual máximo é de 100%, a depender da renda mensal bruta do estudante.

Em alguns casos, os alunos podem arcar com apenas 25% do valor mensal cobrado pela universidade utiliza o FIES para financiar o Ensino Superior.

Reembolsos

Após a formatura, o estudante terá um período para se estabelecer no mercado de trabalho e começar a devolver os valores custeados pelo governo.

A taxa de juros cobrada pelo FIES é de 3,4%, independentemente do percentual efetivamente financiado — essa regra se aplica a todos que concluírem o curso.

Como funciona o FIES?

Existem vários incentivos para que as pessoas ingressem, permaneçam e concluam o Ensino Superior, como descontos no transporte público, meia-entrada em eventos culturais e muito mais.

O FIES é mais um deles, criado pelo MEC para auxiliar estudantes de baixa renda a pagarem as mensalidades. Entenda mais sobre o funcionamento a seguir.

Parcerias

O programa governamental funciona por meio de parcerias com instituições bancárias e financeiras, que oferecem linhas de crédito específicas para o FIES. Os estudantes escolhem o curso desejado e concorrem ao financiamento integral ou parcial das mensalidades cobradas pelas universidades.

Diluição em longo prazo

O pagamento das parcelas ocorre após a conclusão da formação profissional, limitado a até 10% da renda do ex-aluno. Dessa forma, a dívida é diluída em parcelas pagas ao longo do tempo, com a incidência de uma taxa de juros para correção dos valores.

Uma das principais vantagens do FIES é o prazo de pagamento, que se estende além da duração do curso. Por exemplo: uma graduação de 5 anos pode ser totalmente quitada em 15 anos. Esse tempo prolongado é crucial para a maioria dos estudantes brasileiros que necessitam do programa.

Taxa de juros

Os juros do FIES são vantajosos em comparação com outros tipos de crédito no mercado. O percentual cobrado é o mesmo para todos os cursos, independentemente da área. Esse valor atrai estudantes que optam pelo FIES para cursar programas mais caros, que não seriam acessíveis sem o financiamento do governo.

Processo seletivo

A seleção para o FIES é baseada na renda bruta mensal da família do estudante. Além disso, é necessário ter um bom desempenho na prova do ENEM, com pontuação mínima de 450 pontos, e não zerar a redação. Estudantes com matrícula trancada não podem participar do processo seletivo.

Também não são elegíveis para o financiamento aqueles que já tenham recebido bolsa parcial ou integral do ProUni em outro curso. Além disso, profissionais que já tenham utilizado o FIES anteriormente ou estejam inadimplentes com o programa de crédito educativo não podem se inscrever.

Exame Nacional do Ensino Médio

Como mencionado, nota obtida no ENEM é fundamental para garantir uma vaga no ensino superior e ter direito ao FIES. No entanto, o estudante deve atender à nota de corte estabelecida pelo MEC. Vale ressaltar que, quanto mais alta a pontuação no ENEM, maiores serão as chances de obter o crédito para estudar na universidade desejada.

Para ter direito aos diversos programas governamentais, incluindo o FIES, é necessário se inscrever após participar de uma das últimas edições do ENEM, que é a porta de entrada para esses programas.

Modo de inscrição

O programa governamental abre inscrições duas vezes por ano para aqueles que estão em busca de uma vaga no Ensino Superior: no início do primeiro e do segundo semestre de cada ano letivo. Então, as inscrições no FIES geralmente ocorrem nesses dois períodos, que costumam ser:

  1. em fevereiro ou março;
  2. em julho.

As vagas são disponibilizadas em todo o Brasil, e as datas são publicadas no Portal do FIES para que todos os interessados possam acompanhar os editais e concorrer ao financiamento.

Basta seguir todas as etapas online de forma intuitiva para participar da seleção semestral. No entanto, é necessário criar uma conta ao acessar o site pela primeira vez, ou fazer login caso você já tenha cadastro.

Questionário socioeconômico

Durante o preenchimento do cadastro, é possível escolher o turno, a instituição, o curso, o estado e a cidade. Além de fornecer as informações solicitadas, o estudante deve preencher o questionário socioeconômico, bem como escolher onde deseja estudar e concluir o curso. A inscrição deve ser enviada e posteriormente acompanhada, para informações sobre se o candidato foi pré-selecionado.

Há um limite de vagas disponíveis para o FIES em cada instituição de ensino e curso oferecido, e o acesso a elas é baseado na nota do ENEM, em ordem decrescente. Todos os candidatos inscritos em um determinado grupo de preferência são classificados de acordo com a pontuação e renda familiar durante a fase de pré-seleção.

Validação das informações

É importante prestar atenção aos prazos para completar a inscrição, pois a matrícula é essencial para os pré-selecionados. Após a seleção no curso escolhido, o candidato é responsável por validar as informações fornecidas durante o preenchimento do cadastro. No entanto, terá poucos dias para comparecer à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA).

É essencial levar a documentação solicitada até a instituição para comprovar os dados inseridos na inscrição. Após a validação das informações, o estudante terá alguns dias para comparecer ao banco e apresentar os documentos exigidos para a liberação do financiamento. Nesse momento, será necessário assinar o contrato com a instituição financeira.

Quem pode participar do Fies?

Os principais tipos de financiamento incluem:

  1. P-FIES;
  2. FIES 1;
  3. FIES 2.

P-FIES

Essa modalidade é operada por bancos e outras instituições financeiras. Nela, as taxas de juros são definidas pelos agentes financeiros, e não pelo governo. Para participar do P-FIES, é necessário que o estudante atenda aos seguintes critérios:

  • renda familiar bruta mensal per capita entre 3 e 5 salários mínimos;
  • residir em qualquer região do Brasil.

FIES 1

Essa modalidade tem juros de 0%, e a fonte de financiamento é o próprio governo. Os critérios de elegibilidade para o FIES 1 são:

  • renda familiar bruta mensal per capita de até 3 salários mínimos;
  • residir em qualquer região do Brasil.

FIES 2

Esse financiamento se destina principalmente a estudantes de regiões prioritárias, como o Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil. Nessa modalidade, os juros são de 3% ao ano. Os requisitos para participar do FIES 2 são:

  • renda familiar bruta mensal per capita entre 3 e 5 salários mínimos.
  • residir nas regiões Centro-Oeste, Nordeste ou Norte.

Como fazer a inscrição?

Depois de confirmar que você atende aos critérios, acesse o Sistema de Financiamento Estudantil (SisFIES) e siga as etapas indicadas no processo de inscrição. É importante ter atenção aos prazos estabelecidos pelo MEC para não perder a oportunidade de participar do programa.

Inscreva-se na UNIFACS

Ao fazer a sua inscrição nos processos seletivos, você terá acesso às datas e cronogramas dos editais da Secretaria de Educação Superior (SESu). Com isso, você terá mais segurança e certeza de estar cumprindo os requisitos necessários para competir de forma exclusiva.

A UNIFACS explica como funciona e o que precisa ser feito pelos seus alunos para ter acesso ao financiamento. A parceira disponibiliza um passo a passo no seu site e tira todas as dúvidas dos candidatos, vale a pena conferir!

Agora, você já sabe como funciona o FIES, quem tem direito e como é o processo de inscrição. Por meio desse programa, muitos estudantes conseguem o financiamento para cursar a graduação, apesar das dificuldades financeiras vividas. Isso contribui muito para a democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil.

Quer mais dicas para fazer aquele curso dos sonhos mesmo com poucas condições financeiras? Confira outro post, sobre bolsa de estudo para graduação!

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