Conheça os principais tipos de emprego e como escolher o ideal

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Entender melhor as características dos tipos de emprego ao procurar uma vaga faz toda a diferença para encontrar uma opção que esteja de acordo com o perfil pessoal e a área escolhida de atuação profissional. Afinal, isso ajuda a compreender desde a fase da entrevista até a hora de assinar o contrato.

Cada tipo de profissão é direcionado para determinada demanda do mercado. Assim, é possível encontrar as mais variadas alternativas, que se distinguem em flexibilidade do contrato, horários, condições, leis trabalhistas, entre outras questões relacionadas a trabalho.

Neste post, vamos apresentar os principais tipos de emprego que o mercado oferece. Acompanhe e saiba como diferenciá-los.

CLT

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é definida pela Lei n° 5.452/43, que descreve os critérios e as normas para que um empregador faça a contratação de um funcionário por meio da carteira assinada. Essa sigla se popularizou para se referir ao trabalho formal.

Isso nada mais é do que seguir a cada regra descrita na lei, que garante os direitos e deveres dos profissionais e dos contratantes, como:

  • décimo terceiro salário;
  • jornadas de 44 horas semanais, com a possibilidade de 2 horas extras por dia;
  • período de férias, uma vez ao ano, sem comprometimento à remuneração;
  • contribuição mensal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de acordo com o salário recebido, entre outros.

Esse é um tipo de emprego ideal para quem está em busca de uma maior estabilidade profissional. Por outro lado, é um modelo de relação trabalhista que proporciona uma menor flexibilidade para realizar as próprias escolhas, a depender do ambiente de trabalho.

Autônomo

Já quem procura uma forma de trabalhar que ofereça mais liberdade, independência e permita ter um dia a dia mais flexível, tornar-se profissional autônomo pode ser a melhor opção. Esse é um tipo de trabalho que não exige vínculo empregatício.

Por conta disso, não segue as condições da CLT. Remunerações, horários e demais questões relacionadas ao emprego são definidas entre profissional e empregador, da maneira que entrarem em acordo.

Pessoas que resolvem abrir o próprio escritório ou consultório, por exemplo, seguem essa dinâmica. Essa ausência de exclusividade com um só contratante, exceto quando combinada, oferece mais flexibilidade, ao mesmo tempo em que proporciona maior instabilidade. Afinal, nem sempre existe a garantia de um salário e da quantidade de clientes que o profissional autônomo terá ao fim do mês.

MEI

Há, também, a possibilidade de começar a empreender ao trabalhar por conta própria. O Microempreendedor Individual (MEI) é um tipo de empresa sem sociedade, que se enquadra ao Simples Nacional, com faturamento de até R$81 mil por ano (valor estimado calculado referente ao ano de 2022).

Junto a isso, existe a responsabilidade de pagamento da guia DAS-MEI e declaração anual das receitas. Na prática, é como se fosse um profissional autônomo com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). No entanto, destina-se apenas às Classificações Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) permitidas para MEI.

Quem atua dessa forma tem mais facilidade na emissão de notas fiscais e no pagamento dos impostos pelas atividades realizadas. Seja na prestação de serviços, indústria ou comércio.

Além disso, algumas empresas veem a contratação do MEI como uma vantagem, tendo em vista que é possível reduzir os encargos trabalhistas, como INSS, férias e 13° salário. Dessa maneira, o Microempreendedor Individual pode aproveitar esse fator para conseguir mais clientes, porém, deve levar esse ponto em consideração na hora de fazer a precificação.

Empresário

Esses profissionais também atuam por conta própria. O mais comum, aqui, é vê-lo se encarregar da gestão de carreiras de uma ou mais pessoas.

Por isso, é o principal responsável por adquirir recursos essenciais para manter um negócio ou a vida profissional de outras pessoas. Essa é uma das características que mais descrevem o empresário de outros empreendedores.

PJ

O MEI já é um exemplo de Pessoa Jurídica (PJ). No entanto, existem outras maneiras de ter o próprio empreendimento, principalmente quando o objetivo é se enquadrar em outros regimes tributários.

Dentre as opções disponíveis de regimes de tributação, o que a maioria das empresas de pequeno e microempresas escolhe é o Simples Nacional. Todos os negócios que recebem até R$ 4,8 milhões de receita bruta anual podem se enquadrar aqui e ter menos burocracias para o pagamento dos impostos.

O Lucro Presumido é outra opção, porém, voltada para as empresas que faturam entre R$ 4.8 milhões e R$ 78 milhões ao ano. Os impostos pagos, como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), são de 8% (indústria e comércio) e 32% (prestação de serviços) da receita bruta.

Outro regime tributário é o Lucro Real, obrigatório para os negócios que faturam acima de R$ 78 milhões ao ano. Aqui, os impostos variam de 24% a 34% sobre o valor lucrado, não mais sobre a receita bruta.

Tornando-se uma PJ, é necessário cuidar de todos esses processos tributários e financeiros para manter a empresa regularizada. Além disso, há a possibilidade de realizar a contratação dos próprios funcionários, conforme algum desses tipos de emprego que estamos citando.

A vantagem de tomar essa decisão é a de criar as próprias dinâmicas de trabalho, da maneira que achar melhor. Por outro lado, existem os contras: a importância da gestão, do pagamento dos impostos e demais procedimentos internos de uma empresa que, muitas vezes, precisam ser conciliados com as atividades profissionais.

Estágio

Normalmente, esse é um dos primeiros contatos que uma pessoa tem com o mercado. Por isso, acontece durante o período acadêmico. Estudantes do ensino técnico, médio e superior podem fechar contratos com empregadores, mediante a supervisão da instituição em que estão matriculados.

Vale a pena destacar que o estágio não confere vínculo empregatício. Apesar disso, existe uma legislação específica para esse tipo de emprego, a Lei n° 11.788/08, que determina as relações entre contratante, estagiário e instituição de ensino.

No geral, esse tipo de trabalho tem como objetivo proporcionar uma vivência prática dos conteúdos aprendidos durante um curso. Por esse motivo, ajudam a ganhar as primeiras experiências para ingressar no mercado.

Freelancer

Esse mercado pode ser ocupado por profissionais autônomos, MEIs e PJs. É o caso da prestação de serviços temporários, também sem vínculo empregatício, ou obrigações que não estejam descritas no acordo com as pessoas que fizeram a contratação.

Aqui, também há a vantagem da liberdade e da flexibilidade no trabalho. Ao mesmo tempo, existe a responsabilidade de gerenciar a própria carreira, prospectar clientes e administrar contratos — tendo em vista que um freelancer pode fechar acordos com mais de uma empresa, quando não há nenhuma cláusula de exclusividade que todas as partes concordaram.

Temporário

Como o próprio nome diz, esse é o tipo de emprego que já é iniciado com um prazo de término. É o caso de empresas que reforçam o quadro de colaboradores para as temporadas de maiores demandas, como nas festividades de fim de ano, Carnaval e Páscoa.

O trabalho temporário também é muito comum para os profissionais que são contratados para cobrir as férias ou a licença dos funcionários de um local. Nesse caso, geralmente, não há a necessidade de assinar a carteira, mas as condições de temporalidade devem ser bem estabelecidas antes do início das atividades.

Voluntário

Esse é o trabalho que uma pessoa faz sem esperar um salário em troca. Por conta disso, também não existe nenhuma formalidade ou vínculo empregatício por trás. Na maioria das vezes, os indivíduos se dedicam a essas atividades por prazer ou pelos valores pessoais.

Geralmente, o voluntariado é visto em instituições e organizações sem fins lucrativos, como as ONGs, dedicadas às mais variadas pautas. A depender do trabalho realizado, a doação de tempo e das atividades pode ocorrer em horário integral ou não, com tarefas básicas ou complexas, dentro ou não da formação profissional de uma pessoa.

Como visto, uma característica em comum entre esses tipos de emprego é a necessidade de conhecimentos teóricos e técnicos para assumir os cargos. É por isso que investir no lifelong learning e na atualização profissional é tão relevante para qualquer carreira.

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